27/04/2021 - Indivíduos albinos podem ser conhecidos nos Centros de Visitantes da Praia do Forte/BA, Ubatuba/SP e no Oceanário de Aracaju/SE ↓
O albinismo é uma característica encontrada em diversas espécies de animais. É pouco comum, mas pode acontecer com qualquer uma das 5 espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no Brasil.
Ao longo dos 40 anos de atividades de pesquisa da Fundação Projeto Tamar, não se tem notícias de tartarugas albinas jovens ou adultas em vida livre nos oceanos. Apenas indivíduos criados em tanques desde o nascimento.
Isto se deve ao fato de que a coloração das tartarugas é fundamental na camuflagem dos filhotes para evitar a predação principalmente por peixes, mamíferos e aves marinhas. Para cada 1000 tartarugas que nascem com a coloração típica das espécies, calcula-se que apenas uma chegue a idade adulta. As chances de sobrevivência de filhotes albinos na natureza, sem a camuflagem natural proporcionada pela cor, no entanto, é mínima.
O albinismo é uma característica de origem genética, em que os genes responsáveis pela produção de melanina (pigmento que dá a cor à pele e aos olhos), não funcionam direito. Os filhotes albinos nascem, portanto, sem coloração...são brancos!
A falta de pigmentação na íris dos olhos dos albinos, faz com que aparentem ter olhos vermelhos, refletindo a coloração dos vasos sanguíneos que irrigam o órgão. Os animais albinos também costumam ter menor acuidade visual e maior sensibilidade a luz.
Além de trazer dificuldades para as tartarugas se camuflarem no ambiente, o albinismo pode causar dificuldades visuais e por consequência dificuldades para se alimentar, além de de outras malformações genéticas que muitas vezes impedem os filhotes de nascerem.
Outra curiosidade, é que para nascer um filhote albino é necessário que tanto o pai e quanto a mãe tenham genes para esta característica, mesmo que eles não sejam albinos! Isto ocorre porque para cada característica herdada geneticamente, temos dois genes (um par), um recebido da mãe e outro recebido do pai. Ainda que um gene não funcione bem para coloração, temos um segundo gene do par produzindo melanina e, portanto, os pais costumam ter coloração típica da espécie.
Em dezembro de 2014, nasceu um ninho de tartarugas-cabeçuda (Caretta caretta) com 118 filhotes, na Praia do Gargaú, em São Francisco do Itabapoana, sendo que 8 dos filhotes eram albinos.
Hoje, com pouco mais de 6 anos de vida, as tartarugas albinas podem ser conhecidas nos Centros de Visitantes da Fundação Projeto Tamar na Praia do Forte/BA, no Oceanário de Aracaju/SE e no Centro de Visitantes da Base de Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Na Praia do Forte e em Ubatuba, foram criados recintos especialmente para estas tartarugas.
No Centro de Visitantes da Praia do Forte, também podem ser conhecidas duas tartarugas verdes “leucísticas”, uma característica também de origem genética, mas que difere do albinismo pois, apesar das tartarugas não terem pigmentação na pele, tem os olhos normalmente pigmentados!
Conheça as tartarugas marinhas albinas e aprenda um pouco mais sobre elas visitando o Projeto Tamar!
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